Olá, visitantes que lêem e
não comentam merda nenhuma. Como vão, seus traidores? Seria uma pena se alguém
rogasse uma praga, verdade?
Para quem não sabia, (aqui vai
um facto sobre mim) eu simplesmente adoro o tema da Segunda Guerra Mundial. Nazistas
Cibernéticos não me interpretem mal ou me acusem de ser adoradora do Hitler (se bem
que seria problema meu) ou racista. Eu gosto do tema, não que gostaria de ter vívido nesse
ambiente ou que foi algo bom,... ok?
Bola para a frente.
Eu sei, eu sei. A "notícia",
que está mais para uma curiosidade já que não acrescente nem retira nada na
vida de ninguém, não é relativamente nova. Este microalvoroço é de Maio deste
ano.
Para ser sincera, não foi
algo que fosse comentado nos jornais nacionais. A minha vontade de partilhar a
minha opinião deve-se à Cecy do CecyAguilera Blog, que em Maio escreveu a sua
opinião sobre o assunto.
Além da publicação da
Cecy, pesquisei por algum jornal português que tivesse essa mesma notícia para
me ajudar a desenvolver a minha "crónica".
Tudo se
inicia pelo facto de um grupo de investigadores ter decifrados duas
"novas" páginas do diário da Anne, que além de conter piadas porcas,
falava sobre educação sexual e prostituição.
Não acredito que as
páginas decifradas fossem "novas", tal como referido. Porquê? O
diário trata-se de uma cópia (e editada) do que Anne escreveu, os
manuscritos de Frank estão expostos na Anne Frank House. O pai de Anne, Otto
Frank, admitiu que fundiu as duas versões que encontrou e retirou os
trechos mais pesados, que certamente implicavam o teor maduro.
As
páginas estavam cobertas com um papel mais escuro para que ninguém fosse capaz
de ler, isto em 1940 e tais. Isto só foi possível de descobrir graças à bendita
tecnologia avançada de hoje em dia. Pronto, aqui descobriram frases sobre
educação sexual e prostituição.
Obviamente, Anne não
era tola e disfarçaria as páginas. Qual é? Anne era quase uma adolescente,
é bastante normal que as questões e curiosidades sobre a educação sexual
estivessem a florescer. Para a época seria incómodo por se tratar de uma jovem
a falar da sexualidade.
Uma das
quatro piadas encontradas foi “Sabem porque é que as meninas da Wehrmacht (Forças Armadas da
Alemanha Nazi) estão na Holanda? Para servirem de colchões para os soldados”.
Frank van Vree, o Diretor do Instituto Holandês de Estudos sobre Guerra,
Holocausto e Genocídios, que trabalhou em conjunto com o Museu do Holocausto
para decifrar as páginas de Anne, admitiu que quem lesse estas passagens não
conseguiria conter o riso.
Uma vez que a mente fica poluída, não há água benta suficiente
para purificar.
É
explicado também o processo para decifrarem as folhas que foi difícil, pois a
escrita estava misturada com o verso das páginas e o risco de destruir o papel
era enorme.
O diretor
defende que este tipo de piadas são um clássico entre crianças em crescimento,
um claro sinal que Anne era acima de tudo uma rapariga normal.
Por outro
lado, Anne escreveu sobre a prostituição da seguinte maneira: “Todos os homens,
sem exceção, andam com mulheres, daquelas mulheres que os abordam na rua e
depois vão juntos. Em Paris, existem casas enormes para isso. O papá esteve
lá”. Se este trecho for interpretado em conjunto com o resto do diário,
revela-nos mais sobre o desenvolvimento de Frank como escritora que o seu
interesse pelo sexo, levando em conta os vários momentos que utiliza linguagem
mais ousada.
Sinceramente, a pequena
"polémica" envolta destas piadinhas por parte da Anne Frank
não me espantam minimamente. É óbvio que, numa pré-adolescente, as questões
sexuais se começam a florescer, como já referido, e com isso vem o começo da
mente poluída.
Não acho certo ficarmos
com uma ideia errada da Anne, era apenas uma jovem que viu o pior que um jovem
pode presenciar. Ela escreveu de maneira poética sobre a calamidade em que
vivia, o mundo podre que a rodeava e com isso podia-se ver que escrevia numa
mentalidade muito mais madura. Além de mais, esse é uma atitude vulgar entre
muitos pré-adolescente (atenção, não pretendo defender que é uma boa atitude, apenas o
facto de que as pessoas se deixam chocar por se tratar de quem é).
O facto de dar a entender
que o pai frequentava casas noturnas ou serviços de prostitutas, não me choca
igualmente. Estamos a falar de outra época, de outra mentalidade. Temos que
saber com o que lidamos para assim podermos opinar.
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