Hoje, felizmente, não é um desses dias. Tem dias que não
quero viver ao pensar que terei uma longa jornada até conseguir o que quero, e
outros em que me coloco para baixo por que talvez nunca irei conseguir tais
coisas. Muitas vezes fico irritada, vontade de maltratar todos, de chorar, de
dormir na esperança que tudo melhore.
Detesto-me
por sofrer de ansiedade antecipada, sofro por muitas vezes querer estar com
amigos e quando estou com eles quero estar sozinha. A escrita alivia-me,
deixando-me libertar, escrevo sobre uma vida paralela à minha.
Detesto-me
por nunca conseguir fazer algo que me satisfaça 100%, detesto-me por ser como
sou. Desde nova que era extremamente magra, naturalmente, até hoje acho-me
extremamente magra, demasiado tábua.
Dou comigo
a fazer coisas das quais não me orgulho. Já procurei na Internet e já
desenvolvi e esquemas para engordar, descobrindo a comida como um conforto, a
qual posso culpar, a qual me dá um certo alívio e raiva quando não posso comer.
Mantenho um pequeno “diário” onde anoto com frequência as mudanças ou não
mudanças.
Acho que
não sou suficiente para mim, para ninguém. Tenho escrito e lido ótimas
histórias de amor, que nunca acontecerão comigo. É aí que me encaro ao espelho
e vejo todos os meus defeitos. Tudo o que penso sobre mim, admito é uma forma
de tortura. Há um bom tempo que não mutilo, devo dizer, mas ontem, mesmo não me
mutilando, pesquisei sobre locais escondidos para voltar a descontar em mim.
Com isto,
engulo tudo e sorrio…
一 texto de 17 de dez de 2017
一 texto de 17 de dez de 2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário